No dia seguinte me
obriguei a voltar ao normal. O aniversário de minha filha exigia muitas
tarefas. Assim acordei cedo, preparei o café da manhã para minha turma e os
joguei para mais um dia de tarefas. Entrei no meu banho e me permiti chorar de
saudades do namorado da minha filha. As lágrimas misturadas à água do banho
estavam funcionando como uma simpatia. As lágrimas secaram enquanto me enxugava
e eu só pensava nas tarefas que me esperavam. Docinhos, muitos docinhos.
Já no quarto acabando de
me enxugar para vestir minha roupa caseira escutei a campainha e gritei do
quarto:
- Já vai!
- Light, light minha
senhora!
Desisti do incômodo do
sutiã e fui receber o medidor. Pelo olho mágico ele estava de costas, mas
acostumada com a rotina abri a porta e dei de cara com uma bela orquídea. Era
Beto!
Meu corpo inteiro
comemorava enquanto eu ficava embasbacada diante daquele homem. Esqueci-me de
respirar, meu coração disparava, minhas mãos soavam, um arrepio corria minha
coluna alcançando meu rosto já tomado por intenso enrubescimento e minhas
pernas, bambas e trêmulas mantinham-me prostrada diante da porta com meu olhar
perdido naquele delicioso olhar.
Sem desviar os olhos ele
entrou, fechou a porta e trancou em um só movimento, depositou a orquídea na
mesinha de telefone, inclinou-se levemente e sem me tocar suspendeu meu vestido
retirando-o com eficiência.
Ajoelhou-se diante de mim,
fez cair minha calcinha e balbuciou:
- Agora sim, você merece
um beijo!
As mãos apoiaram-se nos
meus quadris de forma a permitir que seus dedos afastassem os lábios vaginais
para depositar um selinho barulhento direto no meu grelinho.
Acordei na hora, grudei-me
em seus cabelos, lancei uma de minhas pernas nas suas costas oferecendo-me,
agora arreganhada, às carícias daquele pecado em pessoa.
- Como foi sua noite? –
Ele perguntou mergulhando sua língua em minhas mucosas.
- Triste, chorando sua
falta, você não veio ontem.
- Não fez sexo com seu
maridinho? Pensei que ele ficaria encantado com seu novo sabor? Ele não gostou?
- Isso não te interessa!
- Se você contar darei um
presente que vai te matar de prazer.
- Não interessa!
Escutei um barulhinho e
com a língua penetrando minha vagina Beto encostou o objeto no meu grelinho que
me fez gemer e minhas pernas estremecerem. Era um choque de prazer explodindo
daquele ponto irradiando para todo meu corpo. Eu nunca experimentara, nem mesmo
em pensamento, um vibrador. Como era tola em matéria de sexo até conhecer o
Beto.
Que gozo estranho e
excepcional. Ele explodiu, mas estava apenas chamando outro e mais outro. Sem
ver como eu estava desabando e me vi deitada no sofá da sala.
Contei a ele em cada
detalhe o encantamento de meu marido com o seu perfume no meu sexo e isso foi
um afrodisíaco à minha libido que me desnorteava.
Minha mente entorpecida
não me permitia entender as carícias que eu recebia em minhas partes íntimas,
dedos acariciavam meu cuzinho, invadiam minha vagina e uma língua excitante
mais que nunca pela força de um vibrador arrancavam um prazer que parecia
preparar uma explosão.
Quando meu corpo
estremecia e um orgasmo maior se anunciava Beto colocou a ponta de um cordão
entre meus dedos e na outra mão entregou-me o vibrador que eu não conseguia
afastar de meu clitóris. Recomendou:
- Só quando você sentir a
explosão puxe vagarosamente o cordão.
Afastou-se e sentou-se
encantado observando cada uma de minhas reações novas também para mim. Quando a
consciência quase se perdia puxei lentamente o cordão e de meu cuzinho senti
saindo algo de que arrepiou inteira de imediato. Assustada, perdi o cordão. Beto
novamente me entregou.
Era um enorme orgasmo
formado de muitos micros orgasmos que davam saltos cada vez que uma nova bola
saia de meu cuzinho e quando vi o cordão inteiro e cheio de bolas diante de mim
explodi de vez e não sei dizer se foi intenso e rápido ou duradouro num
crescente. Foi mais estonteante que a imensa queda da mais alta montanha russa
e, mais do que a consciência, perdi todas as minhas forças.
Eu estava em queda livre
num abismo quando me senti penetrada, preenchida. Com a presença de Beto em meu
corpo já se preparava no centro do meu ser um orgasmo de sabor e potência diferente
dos que eu, extenuada, já experimentara. Só que agora a queda livre me queimava
enquanto a erupção vulcânica de um prazer inesperado externava minhas últimas
energias.
Como me recuperar para
saborear tal prazer se meu coração estava totalmente descompassado, minha
respiração era forçada em suas longas pausas de sensações intensas, minha visão
era turva repleta de flashes de uma intensa luz branca formando estrelas
coloridas como se fossem fogos de artifícios.
As carícias de Beto
ajudavam em minha alienação, mas tornaram-se sufocantes quando em meio a minha
máxima explosão de prazer ele mais uma vez me fez experimentar as novidades
daquele dia: expelir as bolinhas que eu não percebera que ele reintroduzira, e
a intensa vibração do pequeno massageador em meu grêlinho.
Foi o cheiro do vinagre
misturado ao do álcool que me fez perceber que pela primeira vez na vida eu
desfalecera. E por conta da intensidade de prazer que eu experimentara. Eu só
pensava em meu marido, seria maravilhoso conseguir reunir esse prazer sexual em
uma relação também repleta de amor.
Para me recuperar
totalmente Beto me levou ao banheiro. Foi um banho delicioso. Mais uma novidade
a acrescentar ao meu casamento. Trocávamos carícias com o claro objetivo de
banhar um ao outro sem intensões paralelas em ritual demorado.
Enxugamo-nos e ele me
ajudou a passar o hidratante por todo o corpo. Vestiu-me apenas com meu
vestidinho de andar em casa e me ajudou nos preparativos do aniversário de
minha filha por umas três horas com eficiência.
Paramos para um almoço
leve e Beto me informou que minha filha pedira sexo como presente de
aniversário. Seria sua primeira relação sexual completa. Para resistir até a
data marcada ela usava aqueles brinquedinhos que eu experimentara. Dois entre uma
grande coleção.
Voltamos ao trabalho, mas
a agonia no meu corpo só crescia. Apesar dos riscos de chegada de meu marido ou
minha filha ataquei meu “amante” que tomava emprestado de minha filha e fomos
para o quarto dela.
Nunca tive tantos orgasmos
em um só dia. Experimentei bebida afrodisíaca, massageadores de diversos
formatos: ovais, borboleta, polvo, com controle remoto, com diversas
velocidades. Era uma doce brincadeira repleta de prazeres inevitáveis, quando
eu dava por mim estava entrando em frenesis de orgasmo.
Vieram vibradores de
diversos tamanhos, cores, formatos e espessuras com possibilidades de uso em
diversos locais. Um simulador de múltiplas línguas rotativas.
Experimentei a agonia de
querer abraçar o Beto sendo impedida por algemas. Recebi choques elétricos e
produtos líquidos ou em gel que ora ardiam, ora esquentavam, ora gelavam e
alguns ainda acrescentavam sabores. Soube o que poderia deixar meus seios ultrassensíveis
por presilhas, sucções e leves choques e terminei com minhas partes íntimas
como que “assadas” de tantos prazerosos abusos.
Para terminar com chave de
ouro Beto deitou de costas na cama e me pediu sexo anal, não tinha como negar
pois ele me ensinara a arrancar prazer do meu corpo nesta forma de sexo.
Após me penetrar colocou
sob sucção meu grelo e meus mamilos, entregou em minhas mãos um consolo que eu
mantinha totalmente enfiado em minha vagina e, através controle remoto nas mãos de Beto, ele
girava, simulava o movimento da penetração e ao mesmo tempo massageava minha
vulva, seus lábios e Beto ainda usava um anel peniano que vibrava ao redor de
meu ânus.
Seus braços e mãos
acariciavam meu corpo. Seus lábios brincavam entre meus lábios, pescoço e orelhas.
Sua voz estimulava meus ouvidos com sussurros e ao perceber que eu
experimentaria meu derradeiro orgasmo, já sem qualquer energia fez explodir meu
prazer ao obrigar-me prometer que espalharia seu esperma pelas minhas partes
íntimas e mamilos para meu marido mais uma vez experimentar o sabor do macho
que estava me dando prazer.
Assim que prometi senti
sua ejaculação e explodi desmaiando de prazer pela segunda vez na vida e
naquele dia.
“Acordei” com ele
espalhando seu esperma pelo meu corpo nos pontos que ele adivinhava a boca de
meu marido percorreria.
Prometi, mais uma vez, não
tomar banho, mas cansada e saciada como estava apostava que meu marido não
conseguiria me estimular ao sexo.
Menos de cinco minutos
depois de Beto me deixar exausta deitada na cama de minha filha para ir embora
ouvi alguém chegando. Corri para a sala e ao beijar meu marido lembrei que
usava esperma ao invés de batom e... Meu corpo estava mais uma vez pronto, não
para fazer sexo. Estava totalmente pronta para fazer amor.
Começamos a brincar ali
mesmo, ainda na entrada de casa e terminamos na cama com meu marido adorando
meu odor e meu sabor de esperma fresco e isso me maltratava e temperava o amor
que fizemos. Fiz questão de que Paulo usasse sua língua em todos os pontos onde
aquele perfume, afrodisíaco para ele, fora aplicado. A culpa aumentava minha
dedicação e minha dedicação aumentava o prazer de meu marido que ignorou a
chegada de nossa filha e me deixou, com muito orgulho, totalmente extenuada em
nossa cama.
Em que tipo de mulher me
transformei?
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