Swing é traição?

Jamais me imaginei traindo meu marido e muito menos gostando disso. Via algumas pessoas falando sobre swing e ménage e, sinceramente, isso nunca me atraiu, parecia mais coisa de pessoas infelizes no casamento e esse, não, não era o meu caso.
Estava de férias e ao invés de usar meu desktop preferi ficar no quarto e usar o notebook de meu marido. A curiosidade foi mais forte e acessei o histórico do navegador.
Ele parecia estar viciado em contos eróticos. Todos que eu li tinham um ponto em comum: algum tipo de infidelidade. Ora era swing, ora ménage,  ora era o marido assistindo a mulher com outro homem sem participar e os demais era traição pura e simples. Alguns com episódios de submissão.
Ao mesmo tempo que aquilo tudo me escandalizava era inegável que eu ficara excitada com aqueles textos. Mas só percebi definitivamente este estado quando, fugindo ao habitual, eu procurei meu marido e exigi, naquele dia, duas seguidas. O que é pior, por vezes fechei meus olhos e tentei imaginar que ele era outro homem e esse homem ganhou rosto. Um amigo dele, ou melhor, um casal amigo nosso que eu sabia que forçara a esposa a se corromper com essas ideias de sexo em grupo.
Infelizmente, estava chegando o meu orgasmo quando meu marido mudou de posição me fazendo ficar de bruços, rosto colado no travesseiro e me possuindo deliciosa e violentamente por trás.
Fechei os olhos, deixei o rosto de Felipe invadir meus pensamentos e gozei intensamente mantendo-me em pleno orgasmo, um orgasmo que ia e vinha e não satisfazia, até sentir Felipe gozando. Quase gritei o nome dele e por sorte consegui abafar meu grito no travesseiro tornando-o indecifrável. Meu marido, explodindo de prazer nem sequer percebeu.
A delícia daquele orgasmo me fez chorar mansinha, ao lado do meu marido adormecido, me sentia suja, desprezável e quase louca em gozar com meu marido pensando em outro homem.
Na sexta-feira meu marido me contemplou com uma linda surpresa. Enviou um buque de rosas me convidando para sairmos para dançar. Quando ele chegou em casa eu estava, de tão feliz, em sedutores trajes íntimos, linda, maquiada e perfumada e com a roupa dele pronta sobre a cama.
Quase não saímos mas eu não queria perder aquela sexta-feira dançante por nada e o sexo ficou para depois.
Na boate a noite começou leve, bebemos um pouco, dançamos algumas músicas e fomos surpreendidos com a presença de Felipe e Jose dançando próximo a nós. Rindo e brincando com a feliz coincidência nem percebi como Felipe conseguiu entregar Jose ao Mario e sair bailando comigo. Mas estremeci e fiquei arrepiada quase todo o tempo pois sua ereção era perceptível.
Casada a muito tempo não é comum excitar seu par enquanto dança. Mas dançar com o cara que te fez gozar em pensamento e percebê-lo ereto, rígido e sem ocultar esse estado. Ou melhor, fazendo com que você perceba pelas carícias em suas costas e pelo roçar forçado de seu membro próximo demais de sua virilha foi enlouquecedor e extremamente excitante.
Lá estava eu doida para ir para casa e fazer sexo com Mário com os olhos bem fechados e com Felipe no pensamento. Esse devaneio fez com que eu fitasse bem o rosto de Felipe para apreender todos os detalhes, em especial aquele sorriso cada vez mais próximo.
O selinho de Felipe pareceu um beijo de língua e na minha gula fez meu útero revirar com uma intensa contração vaginal. Foi tão forte e intensa a sensação que eu cheguei a perder o passo e quase cair.
Aparada por Felipe não escapei de um novo selinho, agora mais exigente, roçando seus lábios nos meus e quando a língua dele pediu passagem fechei os olhos e, sem pensar em Mario, me entreguei de corpo, alma e sexo umedecido e ansioso por sexo.
Que merda, porque fui ler aqueles contos. Isso é coisa do demo, influencia qualquer um, mesmo eu apaixonada que sou por meu marido estou experimentando pequenos prazeres com o marido alheio. Eu voltara a minha racionalidade, busquei, dançando, meu marido e destroquei os casais.
- Você está trêmula! O que aconteceu?
A voz de Mário, colada em meu ouvido, sensível pelo tesão, me fez estremecer ainda mais e eu voltei a me arrepiar. Mas suas palavras confirmaram, para o meu sossego, que ele nada percebera das loucuras de Felipe – as quais correspondi por simples impulso. Mas eu estava tensa demais e gaguejei.
- É que... Que eu quase caí e Felipe, que dança muito mal, deve estar pensando que quem dança mal sou eu.
- E você está ligando para isso?
Eu estava aflita, precisava parar com aquele assunto, precisava sair dali, precisava de meu marido enquanto macho, precisava ir embora com urgência e menti.
- Foi que eu tive, e estou tendo uma tonteira, uma mal estar e quero ir embora, mas sem aborrecer nossos amigos.
- Tudo bem! Vamos embora, deixa que o resto eu resolvo.
Mario pediu a conta, deu uma desculpa qualquer ao casal e fomos embora. Mas eu estava com outro problema. Precisava de sexo, de sexo com o meu marido para consertar minha cabeça, mas como se eu dissera estar passando mal.
- Foda-se! – Pensei comigo mesma. - Assim que chegar em casa eu agarro esse babaca e ele tem que me fazer feliz!
Teria sido maravilhoso se tudo não corresse tão mal para mim. Mario não costuma conversar durante o sexo, mas naquele dia, ele não estava entendendo nada mesmo e enquanto eu acendia ao máximo sua pica com minhas mais caprichadas chupadas ele veio com uma conversa atravessada.
- Você sabia que o Felipe e a Jose fazem swing? Eles frequentam um clube só disso! Eu gostaria de conhecer, vamos lá?
Eu estava com a boca ocupada e preferi não responder.
- Por exemplo: agora você poderia estar chupando o Felipe e a Jose me chupando. Como eles já são mesmo nossos amigos isso não seria problema nenhum!
A pica dele pulsava enquanto ele falava essas asneiras. Empurrei o corpo dele para que ele caísse na cama e parti pra cima dele com uma gula inédita. Mas dei azar.
Ele mais uma vez mudou de posição me colocando de bruços com a cabeça no travesseiro. Agia com um vigor, uma velocidade, um frenesi que logo me levou as raias de um enorme orgasmo. Cai na asneira de avisar.
Ele caprichou ainda mais e quando explodi de prazer e colei a cara no travesseiro para gritar bem alto ele agarrou meus cabelos erguendo meu corpo e gritando enquanto ejaculava:
- Goza comigo Jose!
Não tive como interromper o grito sonhado e com a cara afastada do travesseiro me peguei gritando muito alto:
- Me fode gostoso Felipe, me arromba como o Mario nunca fez!
Tudo é bom quando acaba bem e desabamos na cama, ele sobre mim e se jogando de lado e os dois às gargalhadas. Fomos pegos em fragrante em nossos sonhos e devaneios que naquele momento combinavam com perfeição.
Enquanto esperávamos que Felipe e Jose chegassem em casa para convidá-los a nos iniciar no swing fizemos o sexo mais gostosa de nossas vidas. Nunca gozei tanto num anal imaginando que era sodomizada por Felipe cruelmente.
Se aconteceu ou não aconteceu... Talvez eu conte, mas dependo da aprovação de Mario que deve estar lendo agora esse nosso conto. (Só o nome dele não é fictício e do meu nome e o do casal amigo usei apenas as iniciais para o Mario ter certeza que era a nossa história publicada.)



O Carteiro