Swing é traição? - A primeira vez!

Existia uma barreira moral, ética ou psicológica a superar. O swing não fazia parte de minhas fantasias sexuais e as que eu possuía até então sempre envolvia exclusivamente meu marido e nossa relação enquanto casal.
Nossa experiência com Felipe e Jôse, nossos amigos assumidamente adeptos do swing alcançou nova roupagem numa boate trouxeram os dois para nossas “relações conjugais” e tanto eu como Mario acabávamos fantasiando a presença deles entre nós.
Longe de parecer natural, a ideia de participar de um swing de fato me perturbava severamente. Uma luta entre a possibilidade de um prazer sexual fora do casamento, mas enquanto casal, assumia proporções de tentação pecaminosa em minha mente. Com essa característica ficava, a cada dia, envolta em sensações de perigo (ao meu casamento), pecado (o proibido), novidade (o desconhecido), fantasia (fora da rotina), desejo (outro homem – uma mulher – nunca experimentados), medo (ânsia de fuga) e tesão (que se renovava e aumentava a cada transa na qual o casal participava apenas como fantasia mental).
Aquilo estava virando uma tortura até que numa sexta-feira o casal, sem aviso prévio, nos visitou. Chegaram ao anoitecer com a proposta de irmos conhecer um clube de swing. Eles esclareceram que ir ao clube não gerava um compromisso de participação em suas atividades. Eles só queriam nos dar a “oportunidade de conhecer um outro mundo”, uma nova forma de encarar o sexo conjugal (falando assim parece ainda mais tradicionalista).
Relutamos muito e Rôse pediu a Mário um copo de água. Quando ele levantou para busca-lo ela o acompanhou até a cozinha e, sem que eu entendesse o por quê Felipe também levantou-se pouco depois de sua esposa e ao passar por mim me estendeu a mão. Não entendi mas acatei seu apelo de irmos todos para a cozinha.
Engano meu! Ao me levantar recebi o delicioso abraço de Felipe que enquanto acariciava minhas costas e minha nuca envolvendo seus dedos em meus cabelos sussurrou sobre sua saudade ao meu ouvido arrancando imediatos arrepios e tesão de todo meu corpo. Depois, com o olhar fixo dentro dos meus olhos foi se aproximando e tocou meus lábios com os seus num leve roçar ininterrupto. Logo sua língua se insinuava em minha boca que de tão sedenta não ofereceu a mínima resistência e participei intensamente daquele beijo “proibido”.
- Será que seu marido vai gostar tanto do beijo de minha esposa como estou deliciando-me com o seu?
A pergunta acompanhada de mordidas em minha orelha não conseguiram afastar o alerta do ciúme. Mas ele só serviu para me entregar ainda mais ao prazer que experimentava. Entretanto, tudo aquilo, como não havia sido permitido por meu marido, me soava como traição.
Mario voltou da cozinha de mãos dadas com Jôse e já me convidando.
- Vamos ao clube?
Senti um desespero se apossar de minha mente. Fora flagrada beijando outro homem e ao invés de ver meu marido atordoado com a cena recebo um convite que minha mente não quer aceitar mas que as circunstancias me fizeram acatar.
Tentei ainda fugir:
- Mas demoro muito a me arrumar e isso vai atrapalhar o passeio deles. – Falei olhando para Mario com um sincero pedido de desculpas no olhar.
O olhar carinhoso de meu marido mostrou sua intensa vontade de conhecer o mal fadado clube e não tive como fugir.
Banho tomado, me vi escolhendo a vestimenta entre as minhas mais sensuais roupas. Optei por uma saia quadriculada, curta e rodada e uma camisa de seda branca semitransparente destacando a vermelhidão do meu mais ousado sutiã.
Seguimos no carro de Felipe para o tal clube que ficava num discreto prédio entre a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes.
Seguimos para um bar (realmente bem simples e sem garçons) com música ao vivo e pista de dança e meu corpo anunciou sua previsão de futuro. Fiquei acesa apenas pelo ambiente.
Para fazer os pedidos um de nós tinha que ir ao bar, pagar, e trazer para a mesa. Mas Felipe era sócio antigo e tinha um tipo de conta corrente, era só pedir em nome dele que pagaríamos no final do dia.
As mesas eram enormes e não oferecia privacidade. Os grupos sentavam-se juntos e aos poucos ia acontecendo uma grande integração, no nosso caso facilitada pela assiduidade de nossos “anfitriões”.
Entretanto havia um andar acima que não era possível descortinar de onde estávamos e Felipe informou que ali funcionava uma espécie de hotel com quartos diversificados em formatos e tamanhos.
Mario deu vasão a sua curiosidade e quis subir. O quarto disponível no momento era para 8 casais e Felipe aceitou. Pensei comigo, vamos desperdiçar uma grana para usar apenas a metade do espaço. Estava enganada. O novo espaço possuía serviço de quarto e uma espécie de varanda onde os casais tinham a visão da pista de dança. Logo, a convite de Jôse e Felipe, mais dois casais se juntaram a nós.
Todos estavam, digamos, comportados. Mas Mario começou a trocar beijos com Jôse e saíram da varanda. Felipe me convidou para conhecer o restante do quarto e – me fazendo de inocente e fingindo crer que nada aconteceria – o segui e encontrei Mario já sem roupas sendo “atacado por uma Jôse ainda totalmente vestida. Lá surgiu o alarme do ciúme como uma deliciosa desculpa para aceitar os beijos de Felipe.
Ali as coisas se inverteram e eu fiquei nua. Felipe era delicioso e atencioso. Depois de me arrancar dois orgasmos seguidos sem me permitir acaricia-lo foi buscar um refrigerante para matar minha sede. Mas isso teve a minha aprovação.
- Quer que eu mate a sua sede?
- Quero!
- Espere-me numa pose bem sensual que eu não demoro. Posso voltar nu?
- Pode! – Falei com firmeza. Eu queria e precisava ir além. Por isso não dei oportunidade dele me trazer um refrigerante.
- Traga-me um drink, por favor.
- Se é para o seu prazer vou trazer logo mais dois, aceita?
- Claro que aceito.
Nunca poderia esperar por aquela surpresa nem imaginar minha reação de euforia. Chegaram juntos Felipe e os outros dois rapazes, os três nus e cada um com um drink para me oferecer.
Nenhum deles me tocou. Sentaram ao meu redor na cama onde permaneci desleixada e sem qualquer iniciativa de ocultar minha nudez.
Felipe entregou-me a taça e tomou conta de meus pés massageando ora um ora outro e isso expunha meu corpo aos homens que conversavam comigo elogiando a mim, ao meu corpo e a tudo mais. A massagem ia, mais e mais, me expondo e me obrigando a mover minhas pernas até que outro rapaz tomou para si um dos pés. Agora, nas mãos de dois senhores, eu estava arreganhando sem qualquer pudor minhas pernas e expondo meu sexo umedecido.
O outro rapaz puxou minha cabeça para o seu colo, sem que eu sequer fingisse qualquer resistência e começou sua massagem pelos meus ombros.
As mãos começaram a aumentar a área massageada. Logo eram seis mãos passeando pelo meu corpo e quando um orgasmo safado se anunciou sem que nenhuma parte mais sensível de meu corpo tivesse sido tocada tomei na boca o membro do mais jovem dos homens. Afinal eu estava deitada em suas coxas e aquilo duro e ali tão perto era perturbador.
Meu impensado ato foi o sinal que esperavam e o gozo se anunciou e se intensificou com as ousadias das seis mãos, três bocas, três línguas e três picas comprometidas em me dar prazer.
Eu gemia, arfava, trepidava, gozava, perdia o fôlego, gritava, gozava, rodava o corpo, era apalpada, surrada por carícias indecentes, gozava, era sugada, lambida, mordida, gozava, arranhada, disputada e quando, finalmente, fui penetrada profundamente por Felipe gritei pelo socorro de Mario.
- Amor - gritei assim que o vi me socorrer solícito – eles vão me matar de tanto me fazerem gozar.
Entrei num orgasmo ainda mais intenso quando meu marido após murmurar em meu ouvido:
- Querida, seja forte!
Beijou minha boca com paixão.
Eu queria desmaiar de tanto prazer. Nunca gozara nem sonhara ser possível experimentar tantos orgasmos. Eu, que pensei que eles se rareavam próximo a exaustão, estava enganada. Eles vinham cada vez mais forte, mais duradouros e quando se iam outro já começava a se anunciar.
Eu estava no auge do orgasmo por sentir Felipe jorrar todo seu prazer na minha bucetinha e acreditei que era o fim. Mas o mais jovem fez meu corpo rolar sobre o seu e tomou para si minha buceta encharcada pelo Felipe. A facilidade da penetração e a velocidade que aquela lubrificação permitiu me deixaram tonta e o orgasmo, ainda mais intenso que se anunciava foi, de repente, contido.
Uma pica enorme explorava meu cuzinho e forçava dominá-lo numa penetração que prometia ser dolorida. Era a maior pica que eu até então conhecera. Mas logo ele venceu meus músculos e eu relaxei entregando-me as deliciosas estocadas que minha bucetinha recebia. O orgasmo renasceu desnorteando-me e quando dei por mim o saco da enorme pica estava colado no meu corpo e o grandalhão começava a bombear provocando outro tipo de prazer. Agora a mente também entrava em orgasmo, era uma dupla penetração, eram dois estranhos, dois homens deliciosos. Era Felipe sugando meus seios e beijando-me a boca. Era Mario mantendo minhas pernas arreganhadas para facilitar as penetrações e Jôse ora me dava palmadas, ora me forçava a beija-la (o que já fazia envolvida pelo prazer e me deliciava com aquilo) puxando-me os cabelos.
Até o início daquela noite eu jamais poderia supor que alguém poderia envolver ao seu redor 7 pessoas dedicadas exclusivamente a lhe proporcionar prazer e que se essa pessoa fosse eu estaria participando, colaborando, adorando e desmaiando, pela primeira vez na vida, de tanto gozar.
Também jamais imaginaria que após uma surra desta, voltando a mim e descansando por apenas meia hora. Eu teria ânimo e tesão para levantar, tomar um banho e voltar a fazer sexo com quaisquer dos 7, juntos ou separados, até o amanhecer.
Nunca me senti tão mulher, tão puta, tão saciada, tão desejada, tão amada, tão completa e tão comprometida com meu casamento, com meu marido e com a nossa felicidade.
Sexo, para nós dois, deixou de ser tabu e passou a ser assunto rotineiro para a nossa própria satisfação. Só então tivemos a oportunidade de diferenciar o sexo por amor do sexo pelo sexo e só então compreendemos que um casal que se ama pode praticar ambos os sexos.
Saibam, o prazer do sexo calmo e pacto que chamam de conjugal possui sabor próprio e insuperável, é como a água que precisamos beber rotineiramente. Sexo pelo sexo é o drink, o aperitivo ou o refrigerante. Ele pode ser uma brincadeira, uma busca intensa ao prazer, um lazer, ou até uma simples atividade social entre seres humanos onde nada (sexo, religião, raça etc.) importa.
Eu e Mario não somos apenas adeptos do swing, somos entusiastas em salvar casamentos e quase convertedores de novos casais levando-os de encontro a uma nova e suprema realidade que os mantém no auge do prazer sem uso de drogas, remédios e outras bobagens – apenas o sexo em suas mais diversas manifestações.



O Carteiro